O Secretário Geral
do Município, Nei Tavares, esteve na manhã desta terça-feira, dia 14,
protocolando na Câmara o projeto de lei que reajusta em 3,58% os vencimentos
dos servidores públicos municipais.
O Secretário foi
recebido pelo Presidente do Legislativo Ricardo Rosso e os vereadores Alex
Vargas, Márcia Gervásio e Luis Fernando
Torres. Segundo Tavares, devido a crise financeira e econômica que passa os
municípios esse é o único percentual que a Administração pode oferecer.
Os vereadores
questionaram o Secretário porque o valor
da reposição é menor que a inflação, que no acumulado é maior que 5%. Para os professores o índice é
o mesmo 3,58%, abaixo que o reajuste do Fundeb que em janeiro foi de 7,65%.
O Presidente
informou que vai marcar a sessão extraordinária para votação do projeto, mas
antes os vereadores irão chamar os dois sindicatos para avaliar o projeto e
pedir um parecer da categoria sobre o índice. Na ata em anexo ao projeto, o
sindicato pediu o mínimo da inflação, que é superior a 5%, mas a proposta
inicial era entorno de 18%, para suprir a defasagem dos primeiros padrões da
Prefeitura.
A
Administração Municipal reuniu-se sexta-feira (10) com o Sindicato dos
Funcionários Públicos Municipais e representantes da Comissão de Cargos e
Salários para apresentarem a proposta de reposição e reajuste salarial. A
Administração Municipal ofereceu 3,58%. Também estavam presentes nesta reunião
o prefeito Giovani Amestoy e os Secretários Nei Tavares (Geral), Ihoko
Nakashima Mota (Fazenda) e José Junior dos Santos Dias (Administração).
De
acordo com Ihoko, o município passa por medidas de austeridade para equilibrar
o financeiro. “A previsão da receita de fevereiro é de R$1,5 milhão a menos do
que a receita de janeiro, que foi satisfatória devido o recebimento do IPTU
antecipado. Mas não podemos dar um passo maior do que a perna em relação ao
aumento proposto, se não teremos de parcelar salário como já ocorrem em outros
municípios e no Estado”, alertou.
Segundo
José Junior houve um estudo real da proposta apresentada pelos Servidores e que
o valor pedido é baseado em cima da Lei Orçamentária prevista para este ano de
mais de R$103 milhões, mas que não condiz com o valor real que deve ser
arrecadado, cuja estimativa é que não ultrapasse os R$95 milhões.
Nei
explicou que o limite permitido de gastos é de 54%, e que Caçapava, com o
reajuste de 3,58%, ficará em 52,39%, quase no limite permitido pelo Tribunal de
Contas do Estado. “Não podemos ultrapassar este índice, caso isso ocorra, como
medidas paliativas, o TCE indica que sejam efetuadas demissões para que se
regularize o índice além de fazer apontamentos para o município. E isto não
queremos”, alertou.
Giovani
disse que, em compensação, estuda o aumento do vale alimentação dos
funcionários no primeiro semestre como forma de valorização da classe e que
este reajuste poderá ser revisto ainda neste ano, caso haja previsão de melhora
na receita municipal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário