A humanidade sentiu os impactos da pandemia nos últimos dois anos, que expôs a desigualdade social a níveis que há tempos não víamos. A pobreza global aumentou pela primeira vez desde 1998, fazendo com que mais de 71 milhões de pessoas voltem à pobreza extrema. No mercado de trabalho, 1,6 bilhão de pessoas (praticamente metade da força de trabalho global) foram empurradas para a informalidade ou tiveram reduções de salários e grande parte disso se deve à desaceleração das cidades, ou a estagnação dos municípios menores.
Em outubro de 2020, a ONU quantificava que 95% dos
casos de Covid-19 estavam nas cidades e isso demonstrava a urgência de
trabalhar o urbanismo sustentável, tornando as cidades e os assentamentos
humanos (vilas) mais inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. A atenção
do mundo deve estar voltada à necessidade urgente de priorizar o planejamento
urbano sustentável e o desenvolvimento de nossas cidades.
Estamos
na década da ação
A ONU classifica esta década (2021-2030) como o
período de ação necessário para estabelecermos cidades e vilas sustentáveis
para um futuro mais igualitário, inclusivo e sustentável. Para isso, ela sugere
algumas ações concretas, como:
- Garantir o acesso de todos à habitação segura,
adequada e a preço acessível, além de dar acesso aos serviços básicos para toda
a população e urbanizar as favelas;
- Proporcionar o acesso a sistemas de transporte
seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos;
- Reduzir o impacto ambiental negativo per
capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do
ar, gestão de resíduos municipais e outros;
- Proporcionar o acesso universal a espaços públicos
seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e
crianças, pessoas idosas e com deficiência.
Caçapava
do Sul
A nossa cidade precisa definitivamente entrar em um
projeto de modernização e de
infraestrutura. Não podemos admitir que em pleno 2023, mais de 60% das ruas da
cidade sejam de terra. Além disso, a saúde precisa passar por uma grande
transformação e os espaços públicos necessitam ser refeitos, ou seja, começar
do zero.
Nos últimos anos evoluímos muito pouco. Mas essa
retomada de crescimento e de melhorias depende muito da própria população e das
lideranças do município. O ano de 2030 está logo ali.
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