quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Inicia a colheita da Oliva na região de Caçapava do Sul


 Nesta semana teve início a colheita da Oliva em Caçapava do Sul. O trabalho foi antecipado pela maturação adiantada dos pomares.

Uma das produtoras que registrou o começo da colheita no município foi Rosane Abdala, do azeite Dom José. Ela informou que aproximadamente 16 pessoas estão trabalhando na colheita, que deve durar cerca de 20 dias.

Caçapava é uma das cidades pioneiras na industrialização do azeite de oliva, principalmente após a inauguração em 2013 de indústria da Prosperato, na região da Vila Progresso. Já o azeite Vila do Segredo também é um dos destaques na região.

Vários produtores que fazem parte da Associação de Olivicultores de Caçapava do Sul também iniciaram a sua colheita, ou devem começar em breve.

Safra

A colheita de oliveiras no Rio Grande do Sul, que normalmente tem o auge nos meses de março e abril, deverá ser antecipada na safra 2020/2021. Os pomares estão na fase de frutificação e, em parte deles, a maturação está adiantada. Se o clima colaborar, variedades mais precoces, como Manzanilla e Arbequina, deverão estar aptas para a colheita já em meados de janeiro.

A expectativa inicial dos produtores era repetir a excelente colheita de 2019, que teve volume recorde de 1,5 milhão de quilos de azeitonas e rendeu 230 mil litros de azeite de oliva, mas teve que ser revista. “Vamos superar a baixa produção de 2020, quando colhemos 450 toneladas e produzimos 48 mil litros de azeite de excelente qualidade. Mais uma vez, o clima mudou nossos planos”, afirma Fabrício Carlotto, diretor técnico do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva).Continua depois da publicidade

A esperança de safra cheia foi frustrada por um desencontro que foi determinante na polinização. “A floração foi muito boa, só que ocorreu em períodos diferentes nas duas principais cultivares. A Arbequina ficou 15 dias florida, mas sem ter quem a polinizasse, porque a Arbosana não floriu junto. Além disso, em alguns locais a chuva prejudicou a polinização e, consequentemente, o pegamento de frutos”, explica Carlotto. Também contribuíram outros fatores climáticos, como grandes variações de temperatura durante o inverno e episódios de frio na floração e depois da pegação do fruto.

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