A sessão da Câmara de Vereadores de terça-feira, dia 27, foi marcada por muitas discussões e criticas ao governo municipal, além de um embate entre alguns vereadores com o Líder do Governo na Câmara.
A primeira parte do debate foi sobre saúde, onde o vereador Mariano Teixeira cobrou do executivo a resolução imediata do atendimento médico pediátrico no município, onde as crianças estão sem pediatra em todas as unidades de saúde e na policlínica. Outra crítica do vereador é a falta de medicamentos na farmácia básica da Prefeitura e no CAPS.
Os vereadores falaram também na demora da marcação de exames, no tempo de espera para atendimento do Pronto Socorro, principalmente as crianças e também das cirurgias de média complexidade.
“A Prefeitura precisa dar um jeito no atendimento pediátrico, porque não é possível um município com 34 mil habitantes ficar sem atendimento de pediatra pelo SUS. Sabemos das dificuldades para contratar médicos, mas uma ação deve ser feita. Já os remédios na farmácia continuam em falta”, disse Mariano Teixeira.
Sobre este tema, o Líder do Governo, Paulo Pereira, reagiu dizendo das dificuldades de conseguir médicos para atender, principalmente pediatras. Segundo ele, o município teve problemas nos postos com a saída dos cubanos. Sobre o Pronto Socorro, Pereira diz que o método usado na triagem é correto e a espera é conforme a urgência.
O vereador Caio Casanova também falou sobre a dificuldade de conseguir médicos para atender, mas disse que no governo passado a saúde estava melhor. “Recebo reclamação todos os dias no meu gabinete sobre a saúde e em relação ao governo passado a saúde em Caçapava regrediu este ano”, disse Caio Casanova.
O tema da saúde foi abordado ainda pelos vereadores Marquinhos Vivian, Alex Vargas e Silvio Tondo, que cobraram uma melhoria na área. Já o vereador Luis Fernando Torres abordou as referências de oftalmologia e traumatologia, que ainda estão com problemas, cobrando do governo atual e fazendo criticas ao passado pela troca das cidades que são referência.
Outro aspecto que foi alvo de críticas ao governo é a área de educação. O vereador Boca Torres liderou as manifestações fazendo duras críticas ao planejamento da Secretaria de Educação e o problema de falta de pessoal na EMEIs. Segundo o parlamentar em algumas escolas o número de cuidadoras é razoável e em outras a defasagem é muito grande. “Se acontecer alguma coisa com qualquer criança a primeira responsável será a cuidadora, não a secretária de Educação, por isso, esta organização nas EMEIs precisa acontecer rápido e também nas escolas”, disse Boca.
O vereador Marquinho Vivian acompanhou a manifestação de Torres, dizendo que desde março a Comissão de Educação está trabalhando nesta área para resolver os problemas, mas infelizmente não está acontecendo. As criticas foram acompanhadas também pelo Vereador Mariano Teixeira.
Durante a sessão, o vereador Luis Fernando pediu vistas em um projeto da Secretaria de Educação que retira recursos da manutenção das EMEIs para colocar em cursos de aperfeiçoamento. “Estou pedindo vistas neste projeto porque com todos os problemas que estamos enfrentando nas creches com a falta de pessoal e de planejamento, vamos retirar mais dinheiro desta rubrica, espero que o governo retire este projeto”, disse Boca.
Já sobre o trânsito, as críticas foram diretas a ação dos fiscais de trânsito e as demandas encaminhadas a Diretoria de Trânsito que não estão resolvidas. Segundo os vereadores, o trânsito em Caçapava está piorando a cada dia e as ações anunciadas pelo Diretor do órgão na Tribuna Livre da Câmara há dois meses não estão acontecendo. As críticas ao trânsito foram lideradas pelos vereadores Caio Casanova, Boca Torres, Marquinho Vivian, Mariano Teixeira e Silvio Tondo.
Já o Líder do Governo, Paulo Pereira, não se manifestou sobre a educação e nem sobre o Trânsito, mas disse que todos os vereadores estão focados em ajudar a administração e que os debates não são pessoais e sim de ideias.
No final, os vereadores informaram que tem o objetivo de colaborar com a Administração, para o bem da cidade, mas para que os problemas sejam resolvidos é necessário falar na tribuna, principalmente quando as questões são levantadas e não resolvidas. “Nosso objetivo é ajudar o Prefeito, mas chega um ponto que temos que chamar a atenção para que os problemas sejam resolvidos e o próprio Prefeito não ser prejudicado no futuro”, disse Boca Torres.
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