domingo, 23 de maio de 2021

Câmara de Vereadores: Durou menos de cinco meses o acordo que era para quatro anos

 


Artigo de opinião

Uma grande reviravolta na Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul nesta semana chamou a atenção da classe política local e também da comunidade.

Há alguns meses, já estavam nítidas as divergências do grupo formado para administrar o Legislativo para os próximos quatro anos, que envolvia os quatro vereadores do governo, Caio Casanova, Jussarete Vargas, Mirella Fernandes e Paulo Pereira, ambos do PDT, com o vereador Boca Torres (PT) e Marquinhos Vivian (MDB). Esta estava organizada para administrar a casa nesta Legislatura, que engloba a Presidência e os cargos da instituição.

Mas neste primeiro semestre, muitas ações internas da Câmara, e do próprio governo, começaram a gerar mal estar nos integrantes deste grupo. Tanto que nas últimas semanas a polêmica da vacinação acabou criando um racha no grupo, que envolveu também integrantes do governo municipal.

Após muitas conversas, troca de farpas pela mídia, na última sessão o vereador Boca Torres anunciou formalmente o rompimento deste acordo, que foi firmado em dezembro de 2020. Junto com ele foi o vereador Marquinhos Vivian.

Com essa atitude, a bancada do PDT ficou isolada e o acordo que era importante para a Prefeitura acabou rompido. O primeiro desentendimento na Câmara ocorreu em fevereiro, quando Caio Casanova renunciou o seu cargo na Mesa Diretora.

A partir de agora inicia mais um temporada quente no Legislativo, onde as bancadas devem correr para formar a maioria e começar em 2022 no comando da Câmara de Vereadores. Tudo pode acontecer, mas a tendência é que Boca Torres e Marquinhos Vivian sejam convidados por outros vereadores a formarem um novo grupo a partir do ano que vem.

Com o rompimento e a possibilidade de novos acordos, altera-se também a composição da Mesa Diretora e de todos os cargos no Legislativo. As cenas dos próximos capítulos prometem.

“ Não tenho condições de fazer parte de um grupo que pensa somente no seu umbigo, e não nas melhorias para o município e da Câmara de Vereadores, por tanto, a partir de hoje estou fora e vou seguir o meu mandato sempre cobrando e lutando pela comunidade”, disse Boca Torres.

 

Jornalista Lorenzo Stefani

MTB 13.393

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