Segundo a versão online do jornal Diário de Santa Maria, a partir de uma investigação que começou em Santa Maria, em agosto de 2009, sobre o tráfico de crack na cidade, a Polícia Federal desarticulou uma quadrilha que agia no três Estados do sul do país. A Operação, Rio Branco, desencadeada ontem pela manhã em 16 cidades – 14 no Rio Grande do Sul, uma em Santa Catarina e uma no Paraná –, prendeu 28 suspeitos. Também foram apreendidos 44 veículos, uma arma, documentos e cerca de R$ 20 mil em dinheiro e R$ 750 mil em cheques.
A operação cumpriu, no total, 43 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão. Pelo menos 15 investigados já estavam na cadeia em Santa Maria, Caçapava do Sul, Ijuí, Iraí e Jaguari. Não foram divulgados os nomes dos presos na operação.
A operação foi batizada de Rio Branco porque esse é o nome da avenida do centro de Santa Maria onde ficava localizado o camelódromo da cidade, que deixou de existir no último dia 25 de junho, quando os informais foram transferidos para o recém-inaugurado Shopping Independência. Segundo as investigações da PF, três dos quatro suspeitos de liderar o tráfico de crack em Santa Maria eram donos de bancas no camelódromo e costumavam se reunir no local para combinar seus negócios. Todos os líderes foram presos.
Só em Santa Maria, houve 14 prisões na operação de ontem, em locais como residências na Vila Carolina, zona norte da cidade, e em um apartamento na Avenida Rio Branco, no Centro. Na Região Central, também foram presas duas pessoas em Caçapava do Sul. Uma delas é apontada como o chefão do tráfico na cidade.
A partir dos supostos líderes do tráfico em Santa Maria, a PF identificou que o crack fornecido para a cidade vinha do Vale do Sinos (principalmente de Nova Hartz), de Carazinho e de Cruz Alta e, além de ser vendido na cidade, era repassado para Caçapava do Sul. As investigações também levaram à identificação de dois suspeitos de Foz do Iguaçu (PR) que seriam responsáveis pelo fornecimento de pasta-base (folha de coca refinada que serve de matriz para preparação do crack) aos traficantes do Rio Grande do Sul.
A maior dificuldade da investigação, segundo o delegado da PF Diogo Caneda dos Santos, é que os líderes do tráfico não guardam a droga consigo. Por isso, foi necessário identificar os donos dos depósitos da droga e quem era responsável pelo transporte.
Durante a investigação, houve apreensões de drogas e prisões, mas, segundo o delegado, os grupos voltavam a se organizar rapidamente. Dois dos suspeitos presos, por exemplo, já eram detentos e gerenciavam o tráfico da Penitenciária de Ijuí.
Próximos passos – A próxima fase da operação – da qual participaram mais de 200 policiais federais, civis e militares – será ouvir os presos para descobrir como funcionava o esquema de tráfico, além de investigar a participação de outros. Também serão checados os documentos apreendidos. No futuro, ainda poderá ser investigada a origem da droga distribuída a partir de Foz do Iguaçu. Há indícios de que ela viria do Exterior.
Os presos foram interrogados e encaminhados aos presídios de Santa Maria, Central de Porto Alegre e Estadual de Caçapava do Sul. Dois suspeitos continuam sendo procurados.
Prisões em Caçapava:
A partir das 6 horas da manhã, os agentes da Policia Federal já estavam realizando prisões e mandatos de busca e apreensão em alguns pontos de Caçapava do Sul, onde no município foram presas três pessoas, todos eles suspeitos por envolvimento com o tráfico de drogas.
Os presos em Caçapava do Sul foram L.C.C.D, de 44 anos, G.M.L e A.S.P. Os mandatos foram expedidos pela 1º vara Criminal de Santa Maria.
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