O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que o salário mínimo de R$ 1.320 não vai vigorar nos primeiros meses deste ano.
Uma ala do governo defende manter o valor de R$ 1.302
durante todo o ano. Outra, quer que o mínimo de R$ 1.320 comece a valer a
partir de maio, no Dia do Trabalho.
O reajuste determinado por Bolsonaro representou um aumento
de 7,43% – a reposição da inflação mais um ganho real de 1,4% – em relação ao
salário mínimo de 2022, que era de R$ 1.212.
Já o mínimo de R$ 1.320 foi prometido por Lula para este
ano, o que garantiria um aumento real maior, de 2,81%.
Só que o novo
governo verificou que houve, no ano passado, uma concessão acima do previsto de
aposentadorias, elevando os gastos do INSS.
Com isso, se o novo mínimo entrasse em vigor desde janeiro,
o INSS teria um gasto extra de R$ 7,7 bilhões, que ficariam fora do teto dos
gastos públicos.
Por isso, para bancar esse aumento desde janeiro, o
Ministério da Fazenda teria de fazer um bloqueio de gastos para bancar essas
despesas.
A equipe do ministro Fernando Haddad defende a
manutenção do valor de R$ 1.302 ao longo de todo ano.
A ala política, preocupada com o desgaste para Lula, propõe
que o mínimo com aumento real comece a vigorar a partir de maio, mês do
trabalhador.
Na próxima quarta-feira, Lula fará uma reunião com as
centrais sindicais, quando será anunciada a criação de um grupo de trabalho
para definir a nova política de valorização do salário mínimo e também de
regras para trabalhadores de aplicativos.
O auxílio-reclusão também será reajustado para R$ 1.700,00.
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