Dizem que gol marcado fora de casa vale o dobro em finais como essa do Rio Grande do Sul, com saldo qualificado. Até pode ser, mas não em um Gre-Nal. No clássico gaúcho, não há números que possam dar o real valor de dois gols feitos na casa do rival. Não há balança que calcule o verdadeiro peso do gol que Rodrigo marcou para o Grêmio aos 22 minutos do segundo tempo no Beira-Rio, neste domingo, no primeiro jogo da decisão estadual. Nada pode dar a dimensão verdadeira do significado do gol de Borges já perto do fim da partida. Na frieza dos números, significa que o Tricolor bateu o Inter por 2 a 0 e colocou a mão na taça do Gauchão. Na emoção de um dos maiores clássicos do planeta, é muito mais. A semana é toda dos gremistas. E domingo que vem tem mais.
Foi justo. O Grêmio segurou a onda do Inter no primeiro tempo e foi superior ao rival na etapa final. Deu um passo gigantesco para dois feitos determinantes: a conquista do título e da confiança de uma torcida ainda ressabiada. Foi uma vitória em letras garrafais do time de Silas, que pode até perder por um gol no Olímpico que mesmo assim levará a taça.
Por mais difícil que seja, os gaúchos agora precisam esquecer o clássico. O Inter viaja já nesta segunda-feira para a Argentina, onde enfrenta o Banfield na quarta, pelas oitavas de final da Libertadores. O Grêmio, na quinta, visita o Fluminense pelas quartas de final da Copa do Brasil.
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