terça-feira, 12 de maio de 2015

Estado e União devem mais de R$ 1 milhão a Caçapava do Sul

Nesta semana a Secretaria de Saúde do Município e Assistência Social fizeram um balanço dos atrasos nos repasses por parte do Governo do Estado e Governo Federal.
Na área da saúde o débito do Estado com o Município é atualmente de R$ 676.443,02, onde o último repasse para alguns programas foram em maio de 2014. Para os ESFs a dívida é de R$ 110 mil e o último pagamento foi em julho do ano passado. Já para o transporte de pacientes a última parcela paga pelo Estado foi em setembro de 2014, somando uma dívida de R$ 64.122,30.
Os repasses para os atendimentos de média complexidade também estão atrasados desde setembro, somando um débito de R$ 70.110,80. Para o CAPS o atraso é desde agosto, ultrapassando os R$ 113.220,00.
Os outros atrasos do Estado estão na Farmácia Básica, quando o último pagamento foi em maio do ano passando, somando R$ 39.668,04, Programa Primeira Infância Melhor o atraso também é desde maio, R$ 84.000,00, SAMU  faltando repasse desde junho, total de R$ 51.160,45, oficinas terapêuticas o Estado deve R$ 10.500,00, Qualificação da Atenção Básica com uma dívida de R$ 119,701,43 e fraudas com um débito de R$ 13.960,00.
Segundo a Secretária de Saúde, Rosane Abdala, como o Estado não está repassando os atrasados, desde maio do ano passado que o município vem bancando por conta própria todos esses programas. “ Todos esses débitos são do ano passado e os últimos dois meses de 2015, que o repasse também está atrasado, isso onera muito a Prefeitura porque os investimentos da municipalidade já são grandes, ainda mais agora tendo que bancar os recursos atrasados do Governo do Estado”, disse a Secretária.

Assistência Social

Já na Assistência Social a dívida maior é do Governo Federal, onde os repasses para os Programas Sociais estão atrasados desde julho do ano passado, principalmente para o CRAS, CREAS, Bolsa Família, Pronatec, Abrigo Bem Me Quer, Habitação, CRAS Volante, APAE, Asilo e outros.
Na Assistência o valor da dívida da União é de R$ 335.756,47, divididos em todos os programas. O mais atrasado é o Pronatec, onde os recursos não estão sendo depositados desde julho, somando um valor de R$ 40.113,00 e o Abrigo Bem Me Quer que não recebe recursos da União desde agosto, com uma dívida de R$ 40.000,00. Já o programa com o menor prazo de atraso é o CREAS, com seis meses sem receber o dinheiro da União, somando R$ 39.000,00.
Segundo a Secretária de Assistência Social, Rosa Vivian, com o atraso nos repasses do Governo Federal, o município está sustentando por conta própria todos esses programas, mas uma hora a fonte seca.

Paralisação em forma de protesto pelo atraso nos repasses da União

Por este atraso nos repasses federais aos programas sociais dos municípios do Brasil, o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS), realizou o XVII Encontro Nacional do Colegiado em Fortaleza (CE) e orientou todas as Prefeituras do Brasil, através do Colegiado Estadual de Gestores de Assistência Social (COEGEMAS-RS), a realizarem uma paralisação nas atividades de todos os órgãos ligados a Assistência Social no Brasil como forma de protesto pelo atraso nos repasses do Governo Federal, onerando cada vez mais as Prefeituras.
A paralisação em todo o País e em Caçapava do Sul será no dia 15 de maio, nesta sexta-feira, onde um abaixo-assinado será feito em defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e levado até Brasília como forma de pressionar o Governo a repassar os valores que deve aos municípios desde 2014.
Em Caçapava do Sul o CRAS, CREAS, Abrigo, Bolsa Família, Conselho Tutelar e Secretaria funcionarão neste dia 15 de maio somente nos casos urgentes. Já as listas do abaixo-assinado ficarão localizadas no calçadão, Secretaria de Assistência Social, CRAS e Câmara de Vereadores.
As assinaturas serão encaminhadas junto com as de todo o Brasil e com a ata do XVII Encontro Nacional do CONGEMAS.
“ Todo este movimento é para garantir a continuidade desses programas importantes para todos os municípios, porque não se sabe até quando as Prefeitura irão aguentar manter todos esses projetos por conta própria, já que o financiamento é do Governo Federal. Estamos pagando todas as contas da União para manter os programas desde a metade de 2014, chegou em um limite que o Ministério do Desenvolvimento Social precisa dar uma resposta”, finaliza a Secretária Rosa Vivian.


Nenhum comentário:

Postar um comentário