Está
agendado para sexta-feira, dia 25, uma mobilização das Prefeituras
do Rio Grande do Sul. O objetivo é chamar a atenção da sociedade
sobre a grave situação de crise financeira das Prefeituras, que
sofre com os atrasos nos repasses do Estado e da União.
A
mobilização está batizada de “Movimento Bolo”. O termo é uma
alusão à pequena fatia dos municípios na divisão dos recursos do
bolo tributário. Os outros 82% são divididos entre a União e os
Estados. Atualmente os recursos são divididos em 18% para as
Prefeituras, 25% para os Estados e 57% para a União.
A
Famurs ressalta que o movimento não é direcionado contra os
governos federal e estadual, mas em favor dos municípios, pela
elaboração de um novo Pacto Federativo, com uma distribuição mais
justa do bolo tributário.
O
movimento foi definido em assembleia geral da Famurs, na Expointer,
com os membros da diretoria da federação e do presidente das
associações regionais.
Até
o final da tarde de segunda-feira, mais de 450 municípios já haviam
confirmado adesão ao movimento. A paralisação das Prefeituras
consistirá em ponto facultativo, paralisação parcial ou
paralisação geral.
O
poder executivo de Caçapava do Sul manifestou apoio à mobilização
e confirmou que participará do protesto, paralisando de forma
parcial, ou seja, a Prefeitura de Caçapava vai funcionar até as
12h, não tendo expediente a tarde, exceto os serviços essenciais,
como educação (as escolas irão funcionar), a área de saúde,
coleta de lixo e outros serviços que não podem parar. O setor de
arrecadação da Secretaria de Fazenda também vai funcionar.
Segundo
o Prefeito, Caçapava não pode ficar de fora desta manifestação,
porque vai ocorrer em todas as Prefeituras do Estado e é um
movimento da Famurs. “ Existem muitos municípios que estão em
situação pior financeiramente que Caçapava, mas temos que ser
solidários e mostrar para a União e o Estado, que as Prefeituras
também passam por dificuldades, principalmente com a redução nos
repasses”, disse
Otomar
ressaltou ainda, que somente em 2015, a queda na arrecadação da
Prefeitura em virtude da crise do Governo Federal e Estadual,
ultrapassou os R$ 2 milhões, principalmente no ICMS e FPM.
Além
disso, segundo o Prefeito, os atrasos nos repasses do Estado e da
União, para os programas obrigatórios, somam R$ 1,5 milhão, onde a
Prefeitura vem pagando por conta própria os projetos que são de
obrigação do RS e do Governo Federal, principalmente na saúde,
educação e assistência social.
O
Chefe do Executivo informou também, que apesar da crise que está
atingindo todas as esferas públicas, Caçapava do Sul já vem se
preparando há dois anos para este momento, tanto que possui mais de
R$ 4 milhões de obras em andamento e vai garantir o pagamento da
folha e 13º salário para os servidores.
A
Prefeitura de São Sepé também vai aderir a manifestação, mas com
paralisação total. Já Santana da Boa Vista vai fazer expediente
interno.
Lavras
do Sul também irá participar da manifestação, onde o expediente
será interno.
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