terça-feira, 15 de março de 2011

Cerca de 300 pessoas participaram da audiência pública sobre a saúde


Nesta segunda-feira, dia 14 de março, a Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul realizou uma audiência pública para debater a situação atual da crise na saúde no município. O evento foi proposto pela Presidente do Legislativo, vereadora Rosilda Freitas, que também intermediou a reunião.
O plenário estava lotado, onde cerca de 300 pessoas compareceram na reunião, mas muitos cidadãos não puderam participar porque não havia lugares suficientes para todos. A Presidente abriu a reunião e explicou o objetivo do encontro que era para debater sugestões para tentar resolver os problemas da saúde local, principalmente entre o Hospital de Caridade Dr. Victor Lang e a Prefeitura.
A primeira instituição a se pronunciar foi o Hospital, através da sua administradora, Maria Helena Amada, que mostrou para os presentes em áudio visual, como funciona a entidade, os procedimentos realizados, os valores arrecadados e os gastos da instituição. No final a administradora falou dos recursos que eram subsidiados pelo Município antes do rompimento do contrato e os valores que seriam necessários para voltar o atendimento da Prefeitura na entidade. Outro ponto salientado, é que o principalmente problema hoje do Hospital é a falta de um médico anestesista e do funcionamento do aparelho de raio x, que está desativado, os valores pagos para o anestesista anterior eram financiados também pelo município.
Logo após falou o médico representante do corpo clinico do hospital, João Luiz da Rosa, que se pronunciou solicitando uma solução rápida para o problema, principalmente na contratação do anestesista e na elaboração de um novo contrato ente Prefeitura e hospital, no qual contemple o trabalho de plantação de sobreaviso dos médicos e outras demandas subsidiadas pela Prefeitura.
Na seqüência a Coordenadora da 8º Coordenadoria Regional de Saúde, Carina Silva, se pronunciou informando que a CRS está junto com o município nesta crise e que levará ao conhecimento do Secretário Estadual da Saúde, Ciro Simoni, a real situação de Caçapava.
O quarto a falar foi o Prefeito de Caçapava, Zauri Tiaraju de Castro, onde informou que o contrato entre a Prefeitura e Hospital foi rompido porque o dinheiro repassado a entidade, R$ 47 mil, era para custear principalmente o anestesista e outras demandas, mas a prestação de serviço do HC não esta acontecendo por falta de profissionais no quadro, como o anestesista, desta forma segundo o Prefeito, o repasse não teria mais finalidade, já que a prestação de serviço não acontece. “ Só vou repassar novamente os valores para o Hospital após a instituição contratar um anestesista e o raio x estiver funcionando”, disse o Prefeito.
Com este pronunciamento do Chefe do executivo a reunião ficou muito tensa, com alguns momentos de manifestação do público, que foi contido pela Presidente da Câmara. Logo após a audiência foi aberta para questionamentos, o que gerou manifestações do Prefeito contra o Hospital e da instituição responsabilizando o executivo.
Todos os vereadores da Casa realizaram questionamentos e também houve a manifestação do Conselho Municipal de Saúde.
Após tantas discussões e sugestões, no final do encontro foi decido que na próxima segunda-feira, dia 21 de março, o Hospital protocolará no Gabinete do Prefeito um oficio que solicita a Prefeitura todos os valores necessários para custear as demandas, principalmente os valores para a contratação do anestesista, após, o Prefeito irá retornar informando se pode ou não disponibilizar todo recurso solicitado.
Esta foi uma medida conciliatória no final da reunião que durou mais de três horas.
Durante esta semana, o Hospital fará reunião com os médicos para discutir a nova tabela do plantão de sobreaviso, vai fazer proposta para um médico anestesista e ver valores para reativar o raio x. Com essas informações, o Hospital entrega para o Prefeito os valores dessas demandas, conforme combinado na reunião, sugerido pelo Assessor Jurídico do HC, Marcelo Schauruch.
Participaram também do encontro, Secretário Municipais, Presidentes de clubes de serviço e entidades representativas, OAB e representantes de Associações comunitárias. Já o Promotor de Justiça de Caçapava, Fernando Andrade Alves, não pode comparecer na audiência porque está em licença paternidade, mas enviou um oficio a Presidente da Câmara para se justificar e pediu a gravação da reunião para analisar.

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