quarta-feira, 18 de abril de 2012

Situação atual das Minas foi o tema central da sessão



Nesta segunda-feira, dia 16, a Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul, realizou a sua sessão ordinária semanal na localidade das Minas do Camaquã. A reunião foi no Cine Rodeio, as 18 horas, com a presença da comunidade local e da região.
A iniciativa faz parte do projeto de interiorização do Legislativo, onde a cada mês uma localidade do interior receberá a sessão da Câmara.
No começo da sessão, o Presidente da Casa, Ilson Tondo, agradeceu a presença da população e convidou alguém da comunidade para usar a tribuna livre, como é tradicional das sessões do interior, mas para surpresa da Presidência ninguém quis falar em nome das Minas, perdendo a oportunidade de explanar as suas principais carências. Mas mesmo assim, vários moradores fizeram durante a semana que antecedeu a sessão, diversas reclamações aos vereadores sobre os problemas crônicos da localidade, como a limpeza, o descaso com os prédios públicos, a falta de um subprefeito que resida no local e a falta de um planejamento continuo no recolhimento do lixo.
Esses temas repercutiram nos pronunciamento dos vereadores, como do vereador Pirola, dizendo que é um desrespeito com os moradores das Minas a nomeação de um subprefeito que não conheci a comunidade, além disso, enfatizou principalmente o abandono que se encontra o Ginásio de Esportes, onde uma parte do prédio está caída e a estrutura não oferece nenhuma condição da pratica esportiva.
Já o vereador Caio Casanova cobrou do executivo através do líder do governo, uma resposta para a comunidade sobre os pontos negativos da localidade, mas enfatizou principalmente o abandono do clube campestre e a total falta de iluminação pública.
Mas o parlamentar Toninho do PT, falou um pouco da história da Mina, principalmente pela grande contribuição que trouxe para Caçapava e para outras cidade vizinha, devido a economia forte que era gerado na própria localidade. Defendeu também um subprefeito morador das Minas, onde enfatizou o tempo em que o ex-subprefeito, Valter Garcia da Fontoura esteve a frente da comunidade, que segundo o vereador contribuiu muito com a população.
No discurso de Pedro Gaspar, foi abordado também os mesmos problemas, mas enfatizando alguns pontos positivos como o posto da Brigada Militar e o atendimento médico que ainda é defasado, mas existe. Cobrou novamente um mutirão de limpeza em todo o 3º Distrito, a disponibilização de mais funcionários para o local e também um caminhão que sirva para a limpeza geral.
O líder do governo na Câmara, Paulo Pereira, usou a palavra para falar de alguns pontos que estão sendo feitos nas Minas e anunciou que dentro de 10 dias a Prefeitura irá abrir uma licitação para a compra de uma ambulância para a localidade.
Já Rosilda Freitas enfatizou o potencial turístico das Minas e que a administração precisa liderar este processo e investir no local, mas segundo a vereadora, isso começa primeiro por boas estradas, onde em sua maioria estão sem condições de trafegablidade, principalmente nas regiões das guaritas, passo dos enforcados e passo do cação. Rosilda falou também no recolhimento do lixo, dizendo que falta gestão para organizar o recolhimento na comunidade, porque a administração gasta mais R$ 1 milhão por ano com este serviço.
Peter Linhares usou a tribuna para dizer que o principal ponto para solucionar os problemas das Minas é a união da comunidade local, com o surgimento de uma nova associação ou uma subprefeitura forte, que lidere a população nas reivindicação.
Na mesma linha de discurso, Josué Lopes falou que a população precisa ter esperança de dias melhores e que todos esses problemas um dia deve ser resolvido e colocou a Câmara a disposição da população para intermediar todos os problemas, mas desde que exista vontade do executivo.
Mas não foi só sobre as Minas que a sessão ficou focada, onde vários projetos foram aprovados pelos vereadores. Um deles gerou um pouco de polêmica, porque a Prefeitura estava solicitando autorização da Câmara para remanejar no orçamento cerca de R$ 7 mil para pagar as despesas com publicidade do evento cultura em saúde, que aconteceu no mês passado no largo farroupilha. A principal bronca dos parlamentares é que o projeto para pagar estas despesas chegou bem depois do evento acontecer, ou seja, na opinião de alguns vereadores, não está correto, porque depois que ocorre o evento, manda o projeto para pagar as despesas.
Outro ponto que os vereadores estavam receosos, e que alguns valores não estavam bem corretos, principalmente na confecção de baner. Mas a matéria foi a votação e aprovado por 5 votos a favor e 4 contra.
Após a Câmara votou os requerimentos e indicações dos vereadores, em sua maioria em beneficio as Minas do Camaquã. A sessão reuniu cerca de 70 pessoas no Cine Rodeio.
No final, os funcionários do Legislativo e vereadores foram jantar em um restaurante do local.

Prédios públicos e lixo

Um dos pontos negativos na visita as Minas do Camaquã na segunda-feira, foi ver as condições precárias que estão alguns prédios públicos do local.
O mais castigado é o ginásio de esportes, onde a sua estrutura está totalmente danificada, com a parte de traz praticamente aberta, a quadra com as tabuas soltas, os banheiros sem condições de uso, os vidros das janelas todos quebrados, o mato está tomando conta e sem falar na aparência que é deprimente.
Já sobre o lixo, vários problemas foram levantados, porque segundo os moradores antes da realização da sessão fazia mais de mês que o lixo não era retirado, principalmente na vila satélite, próximo as Minas. Ainda de acordo com os moradores, o lixo terminou de ser recolhido na segunda-feira, dia 16, data da sessão.
O Cine Rodeio também foi tema de critica da população, porque as tabuas da parte externa estão podres e as janelas totalmente quebradas, isso está representando um perigo constante para os eventos que acontecem no local. Outro prédios públicos também estão precisando de um reforma completa, para manter a história das Minas.

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