Os cinco integrantes da quadrilha presa em maio, acusados de associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, foram ouvidos pela Justiça na segunda-feira, dia 23.
Uma grande movimentação tomou conta do Fórum, com policiais que faziam a segurança do local, familiares aflitos que acompanharam a chegada e saída dos acusados e ainda as testemunhas.
No total, 45 pessoas foram chamadas para prestar depoimento: testemunhas de defesa e de acusação e os acusados. Os cinco negaram envolvimento com os fatos apresentados.
O primeiro a depor foi Alexandre Lopes Marques, que contou à Justiça que comprava droga para consumo próprio e usava em festas, jantas e encontros com os amigos. Diego Lopes Marques, irmão de Alexandre, disse que comprava pequena quantidade e também consumia com os amigos.
Tiago Comim explicou que o apelido “Secretário”, que segundo as investigações era devido à função que ele tinha dentro da quadrilha, ganhou quando trabalhou numa fazenda, em decorrência da atividade que exercia no local.
Laerte Lopes Silveira afirmou que há alguns meses antes da prisão estava trabalhando numa propriedade rural, próximo à Cachoeira, e que raramente vinha à cidade. Já Mateus Medeiros negou os fatos, o envolvimento com os outros acusados e também ser usuário de drogas. Disse ainda conhecer os acusados apenas da rua e que a única relação foi um negócio que fez com Alexandre, quando trocou um gado por um veículo.
Na audiência foram interrogados os denunciados e 18 testemunhas da acusação.
Como algumas das testemunhas de acusação não compareceram e a defesa dos réus não concordou com a inversão na ordem de inquirição das testemunhas, o juiz designou a segunda-feira, dia 29, para dar prosseguimento a audiência.
Depois de ouvir as testemunhas da acusação, passará a interrogar as da defesa. O próximo passo serão os memoriais, onde primeiro o Ministério Público, depois a defesa dos réus apresentam seus últimos argumentos. Após, o juiz dará a sentença, porém não há previsão de quando isso ocorrerá.
Matéria e foto: Gazeta de Caçapava
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