A
Secretária da Saúde de Caçapava do Sul, Rosane Abdala, esteve na
tarde desta segunda-feira, dia 06, na Câmara de Vereadores, para
usar a tribuna livre da casa e expor os números da saúde do
município relativo aos atrasos nos repasses financeiros do Estado e
da União.
Segundo
a Secretária, o Governo Federal e do Estado estão atrasando ou
cancelando recursos desde 2014, mas o fato se tornou mais grave em
2015 com o corte por parte do Estado, nos repasses de incentivo aos
Hospitais, incluindo o Hospital Dr. Victor Lang de Caçapava do Sul
com um corte de cerca de R$ 50 mil por mês. Este cancelamento dos
incentivos aos Hospitais faz na prática o que todos estão
assistindo atualmente pela mídia, a crise nos Hospitais do RS.
Além
deste corte ao Hospital de Caridade, os repasses normais para a
entidade também estão atrasados. Já na Secretaria de saúde, os
repasses para todos os programas estão atrasados ou foram
cancelados. A dívida atual do Estado com o Município chega neste
momento a aproximadamente R$ 525 mil, além do ano de 2014.
Já
da União, o atraso nos repasses mensais é constante, onde na área
da saúde o último pagamento foi feito em abril e já estamos em
julho, comentou a Secretária.
O
Primeira Infância Melhor (PIM) que é um programa custeado 100% pelo
Estado, há quase um ano, não recebe nenhum centavo segundo a
Secretária, sendo pago até o momento com recursos próprios da
Prefeitura. “Atualmente todos os programas que são compartilhados
com o Estado, o município está pagando sozinho, incluindo os
atrasos nos repasses para o SAMU, PIM, Postos de Saúde,
Medicamentos, CAPS e Agentes Comunitárias de Saúde. Nós estamos
mantendo tudo por conta própria, mas chega um momento que os
municípios vão pedir água”, explanou Rosane.
“Estou
aqui para pedir ajuda aos vereadores, para pressionarem seus
Deputados, os Secretários de Estado e Ministros, a retornarem com a
normalidade e pagarem o que devem aos municípios e mantenham os
programas existentes, sem cortes”, disse a Secretária.
A
Secretária informou ainda, que nesses dois anos a frente da pasta, a
saúde evoluiu muito, mas para essa evolução seguir é necessário
que o Estado e a União façam a sua parte. Rosane lembrou da
reabertura de todos os postos de saúde, da abertura de cinco postos
no interior, dos medicamentos, da renovação da frota de veículos
da Secretaria, da nova logística do transporte, cirurgias eletivas
feitas em Caçapava, o novo modelo do Pronto Socorro, que tem 87% de
satisfação dos usuários, da informatização da saúde que já
está concluída, da reforma completa da Policlínica, cujo a
inauguração será agora no mês de julho, do novo Pronto
Atendimento e outras conquistas na área da saúde.
Mas
de acordo com a Secretária, esses avanços só irão continuar se os
repasses do Estado e da União forem regularizados, porque os
municípios sozinhos não bancam tudo por muito tempo. Este corte nas
verbas para os Hospitais segundo Rosane, reflete diretamente nos
municípios, porque a média e alta complexidade são de
responsabilidade do Estado, e a cada dia um Hospital fecha as portas
ou tranca a internação pelo SUS.
Após
a fala da Secretária, os Vereadores a parabenizaram pelo trabalho
feito na pasta e celebrando os avanços, mas estão solidários aos
problemas financeiros ocasionados pelos atrasos e corte das esferas
federais e estaduais.
Cada
parlamentar se comprometeu a ajudar pressionando o Estado na volta
dos repasses aos Hospitais e a regularização dos recursos em dia
para as Prefeituras. A apresentação da Secretária foi em um telão,
mostrando todos os números da saúde e as ações que são feitas de
forma compartilhada e que os recursos não estão vindo. “A crise
hoje não é das Prefeituras e sim do Estado e da União, que cortam
os recursos principalmente da saúde”, disse.
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