terça-feira, 7 de julho de 2015

Secretária pede ajuda da Câmara para pressionar Estado e União contra o atraso nos repasses

A Secretária da Saúde de Caçapava do Sul, Rosane Abdala, esteve na tarde desta segunda-feira, dia 06, na Câmara de Vereadores, para usar a tribuna livre da casa e expor os números da saúde do município relativo aos atrasos nos repasses financeiros do Estado e da União.
Segundo a Secretária, o Governo Federal e do Estado estão atrasando ou cancelando recursos desde 2014, mas o fato se tornou mais grave em 2015 com o corte por parte do Estado, nos repasses de incentivo aos Hospitais, incluindo o Hospital Dr. Victor Lang de Caçapava do Sul com um corte de cerca de R$ 50 mil por mês. Este cancelamento dos incentivos aos Hospitais faz na prática o que todos estão assistindo atualmente pela mídia, a crise nos Hospitais do RS.
Além deste corte ao Hospital de Caridade, os repasses normais para a entidade também estão atrasados. Já na Secretaria de saúde, os repasses para todos os programas estão atrasados ou foram cancelados. A dívida atual do Estado com o Município chega neste momento a aproximadamente R$ 525 mil, além do ano de 2014.
Já da União, o atraso nos repasses mensais é constante, onde na área da saúde o último pagamento foi feito em abril e já estamos em julho, comentou a Secretária.
O Primeira Infância Melhor (PIM) que é um programa custeado 100% pelo Estado, há quase um ano, não recebe nenhum centavo segundo a Secretária, sendo pago até o momento com recursos próprios da Prefeitura. “Atualmente todos os programas que são compartilhados com o Estado, o município está pagando sozinho, incluindo os atrasos nos repasses para o SAMU, PIM, Postos de Saúde, Medicamentos, CAPS e Agentes Comunitárias de Saúde. Nós estamos mantendo tudo por conta própria, mas chega um momento que os municípios vão pedir água”, explanou Rosane.
Estou aqui para pedir ajuda aos vereadores, para pressionarem seus Deputados, os Secretários de Estado e Ministros, a retornarem com a normalidade e pagarem o que devem aos municípios e mantenham os programas existentes, sem cortes”, disse a Secretária.
A Secretária informou ainda, que nesses dois anos a frente da pasta, a saúde evoluiu muito, mas para essa evolução seguir é necessário que o Estado e a União façam a sua parte. Rosane lembrou da reabertura de todos os postos de saúde, da abertura de cinco postos no interior, dos medicamentos, da renovação da frota de veículos da Secretaria, da nova logística do transporte, cirurgias eletivas feitas em Caçapava, o novo modelo do Pronto Socorro, que tem 87% de satisfação dos usuários, da informatização da saúde que já está concluída, da reforma completa da Policlínica, cujo a inauguração será agora no mês de julho, do novo Pronto Atendimento e outras conquistas na área da saúde.
Mas de acordo com a Secretária, esses avanços só irão continuar se os repasses do Estado e da União forem regularizados, porque os municípios sozinhos não bancam tudo por muito tempo. Este corte nas verbas para os Hospitais segundo Rosane, reflete diretamente nos municípios, porque a média e alta complexidade são de responsabilidade do Estado, e a cada dia um Hospital fecha as portas ou tranca a internação pelo SUS.
Após a fala da Secretária, os Vereadores a parabenizaram pelo trabalho feito na pasta e celebrando os avanços, mas estão solidários aos problemas financeiros ocasionados pelos atrasos e corte das esferas federais e estaduais.

Cada parlamentar se comprometeu a ajudar pressionando o Estado na volta dos repasses aos Hospitais e a regularização dos recursos em dia para as Prefeituras. A apresentação da Secretária foi em um telão, mostrando todos os números da saúde e as ações que são feitas de forma compartilhada e que os recursos não estão vindo. “A crise hoje não é das Prefeituras e sim do Estado e da União, que cortam os recursos principalmente da saúde”, disse.

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