As fortes chuvas que caíram desde a noite de domingo (12) no Estado causaram alagamentos em diversos pontos de Caçapava do Sul. Os maiores problemas foram concentrados nos bairros Sul, Promorar, Mercedes e Floresta.
Conforme a Estação de Tratamento da Corsan, o acúmulo de água foi de 104 milímetros de domingo(12) até às 22h de segunda-feira, dia 13.
Em Caçapava do Sul, os maiores problemas causados pelo temporal foram concentrados nos bairros Sul, Promorar, Mercedes e Floresta. Na Vila Sul duas casas foram atingidas pelo granizo por volta das 14h. No total, a Assistência Social removeu quatro famílias que tiveram que deixar suas casas.
Na rua Nicolau Abraão (estrada do Salso) a casa alugada há poucos dias pelo motorista de caminhão Emerson da Costa Oliveira, 29 anos, ficou alagada por volta das 15h30.
– Nós estávamos deitados quando a vizinha perguntou, gritando, se tinha entrado água em nossa casa. Como o quarto fica alguns centímetros acima do piso das demais pessoas, levante e disse que não, mas quando abri a porta vi a casa inundada, parecia um córrego de rio. Para evitar o pior, corri na cozinha e abri a porta dos fundos para, daí a água começou a sair, senão iria subir ainda mais – relata o morador.
Segundo os moradores, a água misturada com esgoto, também atingiu as residências do construtor civil Nilceu Cardoso, 46 anos, que teve que abrir uma vala para escoar o volume acumulado da chuva.
A casa da comerciante Jurema Ferraz, 58 anos, também teve a casa invadida pela água. Segundo ela, inúmeros pedidos de construção de bueiros foram encaminhados à Secretaria de Obras da Prefeitura, mas ainda sem respostas.
– Eu vivo com o dinheiro do aluguel de algumas casas, enquanto o serviço não for realizado passo por esta situação. A cada chuva tenho os moveis estragados e perco os inquilinos. A Prefeitura me cobra IPTU, mas não oferece nada em contrapartida. É dose ter que conviver com este problema – desabafou Jurema.
Com a chuva forte, a rua do Aterro, no bairro Promorar, se transformou em um rio, com acúmulo de água vindo da parte alta do bairro e da avenida Lima e Silva.
A água invadiu a casa da dona Neida Verônica Neres Freitas, 62 anos. Um vizinho colocou sacos de areia para evitar que mais água entrasse na residência de número 350.
– Faz 24 anos que moro aqui e convivo com esta situação. Na minha visão, o problema é causado por falta melhor escoamento da água, sem falar do lixo que as pessoas jogam nas valetas da rua, causando o entupimento dos poucos bueiros da rua – conta.
Na rua Doralino Araújo, 55, segundo os moradores, um bueiro entupido por pedras e concreto causou transtorno a uma família, com um pessoa deficiente. Além da água da chuva, a residência foi invadida pelo esgoto vindo de duas ruas próximas, afirma uma moradora. Outro morador auxiliou a família durante a tarde de hoje (13).
Defesa Civil e Prefeitura monitoram pontos críticos
A Assessoria de Imprensa informou que a Defesa Civil e as secretárias de Assistência Social atenderam diversos chamados.
"O Secretário de Obras Flávio Chaves informou que a pasta está monitorando os pontos críticos na cidade. Locais estes, informados pelos moradores. No interior, temos informações de alguns pontos com problema, mas até o momento, nenhuma ponte foi interditada devido ao acúmulo de chuva”, disse o jornalista Lorenzo Stefani por telefone.
Com relação aos pedidos de obras nos locais visitados pela reportagem, a Imprensa da Prefeitura afirmou que os pontos deverão ser vistoriados por técnicos e após avaliações, poderão receber obras conforme a necessidade de cada local.
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