segunda-feira, 8 de abril de 2013

Prefeito não prorroga decreto de emergência


O Prefeito de Caçapava do Sul, Otomar Vivian, decidiu na última semana não prorrogar o decreto de emergência no qual estava o município desde o dia 03 de janeiro, devido as condições precárias no recolhimento e transporte do lixo, sucateamento do maquinário,
as dividas que somavam mais de R$ 10 milhões e na saúde, principalmente as condições do antigo Pronto Socorro, que estava com laudo de interdição e da situação nas unidades básicas de saúde.

Segundo o Prefeito, o decreto era válido por 90 dias, mas após uma analise da situação do município junto com o secretariado resolveu não renovar por mais tempo, devido aos aspectos da emergência estarem resolvidos e bem encaminhados para uma resolução definitiva.

Para Vivian, o lixo era um dos principais problemas, mas após a contratação emergencial da empresa Conesul para normalizar o recolhimento, inclusive com roteiro definido por bairro, o transporte do lixo efetuado gratuitamente pelas industrias de calcário e o processo licitatório está em andamento, o problema do lixo está praticamente resolvido e as próximas decisões manterão o serviço normalizado até o fim do seu mandato, afirmou o Prefeito.

Sobre o sucateamento das máquinas, principalmente da Secretaria de Obras e Agropecuária, o Chefe do Executivo explanou que com a ajuda da comunidade e das empresas de calcário, a maioria das máquinas já foram recuperadas, dando suporte a Secretaria de Obras para criar turmas fixas no atendimento das estradas do interior e reforma das pontes, onde as vias públicas que possuem grande trafegabilidade de produção de grãos já estão recuperadas, assim como as pontes que estavam danificadas. Por tanto, segundo o Prefeito o trabalho no interior e cidade irão continuar normalmente com a Secretaria de Obras, mas sem a necessidade de medidas urgentes, que são feitas por contratação emergencial.

Já sobre o Pronto Socorro, a emergência foi resolvida com a terceirização do PA para o Hospital de Caridade Dr. Victor Lang, dando 97% de resolução para os casos e atendendo mais de 8 mil pessoas em três meses, com média de 111 pessoas por dia. No antigo Pronto Socorro a média era de 40 pessoas por dia e as condições de funcionamento não estavam de acordo com a vigilância sanitária, além do projeto de reforma no antigo PA já esteja aprovado pela Secretaria de Saúde do Estado.

Na questão das dívidas, Vivian anunciou que dos R$ 10,6 milhões que ficaram de restos a pagar da administração passada, R$ 2 milhões já foram pagos e mais de R$ 4 milhões foram renegociadas, ou seja, parceladas. Com isso, restam ainda para a Prefeitura quitar cerca de R$ 4 milhões. Desde restante que ainda está pendente, o Prefeito informa que são valores de fornecedores e divida com o Fundo de Assistência a Saúde do Município (FASM), além de valores que ficaram de 2011, que somam mais de R$ 800 mil.

Para o Secretário da Fazenda, Flávio Barreiro, os valores que ainda não foram renegociados atrapalham bastante as finanças do município, mas não trancam a curto prazo o andamento normal da Prefeitura.

“ Estamos fazendo desde o dia 02 de janeiro, uma economia de guerra para colocar o município funcionando normalmente, com isso, a emergência já passou mas o reflexo da dificuldade da Prefeitura ainda vai durar cerca de dois anos, pelos valores que estão sendo pagos por mês devido aos parcelamentos feitos. Estamos economizando em cada  centavo”, disse Otomar.

Na próxima segunda-feira, dia 15, o Prefeito fará uma audiência pública para prestar contas de seus 100 dias de governo. O evento será na Câmara de Vereadores, as 19 horas. O objetivo desta audiência e prestar contas dos primeiros meses de administração e ser transparente nas atividades, mostrando a população a realidade do município em todos os aspectos e colher sugestões em todos os setores.

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