Aconteceu na tarde desta quarta-feira, dia 14, uma caminhada organizada
pela direção, professores, funcionários e alunos da Associação de Pais e Amigos
dos Exepcionais (APAE), de Caçapava do Sul, em protesto a recente mudança
estabelecida no Plano Nacional de Educação que trata da oferta de educação para
pessoas com deficiência.
A caminhada foi realizada em todo o Brasil e em Caçapava reuniu cerca de
150 pessoas. Conforme a Federação das Apaes do Estado do Rio Grande do Sul, o
Ministério da Educação quer acabar com as escolas especiais. A intenção do MEC
é matricular todas as pessoas com necessidades especiais nas escolas públicas
da rede regular de ensino até 2016.
Com esta mudança proposta pelo Governo Federal, as APAEs de todo o País
não receberão mais subsidio financeiro da União. No caso de Caçapava este valor
ultrapassa os R$ 60 mil por ano, que serve para manter a instituição junto com
os valores repassados pela Prefeitura.
Após a caminhada, foi realizado uma audiência pública na Câmara de
Vereadores para debater este fato. A Diretora da escola, Fátima Reck, comandou
a reunião e explicou o objetivo desta caminhada. Na seqüência a professora
Marilene Peres fez o uso da palavra em nome da diretoria da APAE, relatando a
situação que pode ocorrer com a mudança no Plano e pedindo o apoio dos
vereadores para intervirem junto aos seus Deputados Federais para mudar esta
realidade, que é do Governo Federal parar de repassar os recursos para as APAEs.
No final, o Vice Prefeito de Caçapava do Sul, Ilson Tondo, que no ato
estava representando o Prefeito Otomar Vivian, disse que o Município não vai
deixar a APAE fechar, porque os valores que não serão mais repassados pela
União, a Prefeitura vai assumir, aumentando o seu repasse mensal para a
entidade. “ A Prefeitura vai assumir o que o Governo Federal deixará de
cumprir, com isso, vamos manter a APAE que abriga atualmente cerca de 130
alunos”, disse Tondo, que foi aplaudido pela comunidade escolares no momento
desta afirmação.
Atualmente a Prefeitura repassa também R$ 60 mil para a Associação, além
de cerca de R$ 179 mil que são os encargos com a cedencia de professores e
funcionários para a Escola Wantuil Miranda, mantenedora da APAE.
Participaram
também da audiência, Secretários Municipais, Vereadores e toda a comunidade
escolar da entidade, que está mobilizada contra esta medida na mudança do Plano
Nacional de Educação.
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