Segundo versão online do Jornal Zero Hora, alegando falta de quórum regimental, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), adiou mais uma vez a votação do novo Código Florestal no início da madrugada desta quinta-feira. A análise do projeto ficou para a próxima terça-feira.
Eram necessários pelo menos 257 votos para manter a pauta da noite, no entanto, apenas 190 deputados registraram seus votos, sendo que destes, somente cinco foram favoráveis.
Apesar de anunciar um acordo para votar o Código Florestal na noite de quarta-feira, o líder do governo na Câmara, deputado Candido Vacarezza (PT-SP), pediu aos aliados por volta das 23h15min a retirada do projeto da pauta. O projeto havia começado a ser discutido na casa por volta das 9h. O petista justificou que “o governo não votará no escuro”.
O deputado disse que fez o pedido porque somente na última hora o governo tomou conhecimento do texto do destaque que a oposição iria apresentar.
— Esta é uma votação que o governo não fará no escuro. Não iremos para votação para marcar posição e sair daqui sem um texto equilibrado. Só vamos votar o código quando tivermos certeza que o Brasil vencerá. Por isso, pedimos a retirada de pauta (do projeto) e o adiamento da discussão — declarou.
O pedido do governo foi criticado pela oposição. O deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) disse que a tentativa de adiar a votação coloca os acordos feitos na Câmara em xeque.
— Os acordos feitos nesta Casa são para valer ou não? Eu, a partir de hoje, passo a duvidar da palavra do Vacarezza. Fechamos um acordo que está sendo descumprido.
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