sábado, 22 de outubro de 2011
Problemas na reforma do bloco preocupa a direção do Hospital
Foto: Reunião do Conselho e da Direção do Hospital aconteceu nesta sexta-feira, dia 21.
Foto: Um dos problemas apontados no relatório é o piso que está se soltando.
Na última sexta-feira, a Direção do Hospital de Caridade Dr. Victor Lang, reuniu o seu Conselho de Administração para debater um relatório apresentado pelos Técnicos da Prefeitura sobre vários problemas nas obras de reforma do Bloco Cirúrgico que está em andamento desde o final do ano passado. A empresa que venceu a licitação feita pela Prefeitura, foi Compassos Engenharia.
No relatório apresentado consta que a parte final de acabamento possui vários problemas, como o piso que está se soltando, o revestimento de algumas paredes estão irregulares e vários pontos exigidos pelas normas técnicas não estão no padrão estabelecido pelo projeto original, além disso, no projeto consta uma central de ar condicionado, no valor de mais de R$ 100 mil e a empresa responsável pela reforma colocou cinco ar condicionado Split, o que na opinião dos técnicos é irregular. O relatório apresentou quatro páginas e mais de 40 possíveis irregularidades na obra. Outro ponto de preocupação da entidade é que fazem mais de três semanas que não aparece ninguém na obra e ainda faltam muitos detalhes para o seu final.
Durante a reunião que estava presente além do Conselho e a Direção do Hospital, o médico anestesista da entidade, Adalgiso Malaguez, alguns representantes do corpo clinico, da vereadora Rosane Abdala e funcionários, foi debatido a atitude que a instituição deve tomar a partir deste relatório.
A Administradora do Hospital, Maria Helena Amado, informou também, que depois que a obra começou em dezembro de 2010, este é o primeiro relatório apresentado pela Prefeitura, ou seja, este caso gerou revolta de alguns conselheiros e médicos porque 90% da obra já foi paga pela Prefeitura e foi feito apenas um relatório de fiscalização ao hospital, e já no final.
A pessoa mais preocupada com este caso é o médico anestesista, onde explanou que leu todo o projeto original e comparou com o que está sendo feito e disse que o caso é muito sério, mas que o hospital precisa tomar uma atitude rápida para tentar solucionar esses equívocos na obra, porque são coisas que podem ser corrigidas.
A decisão do Conselho é procurar nesta semana o Ministério Público para apresentar o relatório entregue pela Prefeitura e pedir ajuda da nova promotora a buscar uma solução rápida e amigável para o problema, além disso, a reunião no MP deve ser também para buscar uma orientação sobre o caso, já que a empresa tem contrato com a Prefeitura e não com o hospital. Uma comissão também deve conversar com o Prefeito sobre o fato.
A vereadora Rosane colocou a Câmara a disposição para ajudar nesta negociação, já que o objetivo desta reforma segundo a parlamentar é beneficiar a comunidade. Fato reforçado pelo anestesista, comentando que em primeiro lugar vem o bem estar do paciente, porque sempre paga a conta.
O recurso para a reforma do bloco foi conseguido com o Governo do Estado em março de 2010, pelo então Chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, a pedido da vereadora Rosane Abdala. O dinheiro foi depositado na conta do município para realizar a licitação, em uma obra que está estimada em mais de R$ 500 mil.
O que diz a Prefeitura:
Segundo o Prefeito Zauri Tiaraju de Castro, todos os esforços estão sendo feitos pela prefeitura para que esta obra seja concluída no menor prazo possível, e dentro das especificações previstas no projeto. Alterações foram solicitadas pela direção do hospital sem passar pela fiscalização da Prefeitura, gerando situações de discordância entre o projeto original, e o que realmente está sendo executado. Estas mudanças agora terão de ser justificadas e documentadas, a fim de se fazer a prestação de contas.
Ainda de acordo com o Prefeito, também não é verdade que este seja o primeiro relatório produzido pela administração, pois em cada medição da obra é realizado um levantamento minucioso acerca do andamento. Que não tem necessidade de ser apresentado para o hospital, haja vista que o contrato se dá entre a Prefeitura Municipal e a empresa contratada, tendo que ser prestado conta ao órgão financiador da obra e a vigilância sanitária, da 8ª Coordenadoria de Saúde de Cachoeira do Sul. Processo este rigorosamente seguido, ou de outra forma não haveria a liberação das parcelas já pagas. Este relatório, especificamente, trata de encaminhamentos entre a Prefeitura e a Empresa. Uma formalização documental de que a obra apresenta discordância com as especificações para que a empresa tome as medidas necessárias. “Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para que esta obra seja concluída da melhor forma possível. Dentro da responsabilidade que nos cabe e de acordo com o memorial descritivo constante do projeto licitado. E apontou que a Prefeitura não abre mão de cumprir com a sua parte, agrade ou não aqueles que estão sempre do contra procurando antecipar a campanha política que se travará em 2012”, disse o Prefeito.
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