Um ato pacífico, para demonstrar a indignação e levantar a bandeira da “Não à Violência Contra as Mulheres”. Trata-se de uma caminhada que está sendo organizada por um grupo de mulheres de Caçapava. São estudantes, profissionais liberais, empresárias, professores, comerciantes, vendedoras, donas de casa, que estão se mobilizando nas redes sociais para protestar contra todos os tipos de violência e assédio (moral, psicológico, sexual, patrimonial e econômico)
A caminhada, que será realizada na sexta, dia 06, tem como propósito mostrar que as mulheres não irão mais tolerar atos que violem a dignidade e integridade física e moral.
“O fato que aconteceu na quarta, (30), estupro de uma menina de 17 anos, é intolerável, assim como todo ato de violência contra as mulheres e é por isso que convidamos todas as mulheres e homens para participarem da caminhada. Nossa indignação deve ir além das redes sociais”, desabafam as organizadoras.
Os motivos que levaram o grupo a organizar a caminhada são as histórias de mulheres que sofrem violência (física e moral) e são compartilhadas todos os dias, seja nas redes sociais, na família ou entre amigos. O estupro que ocorreu na quinta à noite serviu como um gatilho, que fez com que o grupo se unisse e mobilizasse as mulheres.
“É por minha filha, por eu ter sido assediada, por não ter meus direitos respeitados, por me colocar no lugar dessa mãe. Assim como cada uma deve ter seus motivos e vai participar da caminhada em protesto a isso. As razões são diferentes, mas a bandeira é uma só: Não à Violência Contra as Mulheres”, explica uma das organizadoras.
As organizadoras criaram um grupo no whatssap, no mensseger e um evento no facebook e desde que foi criado, na sexta, outros relatos de violência surgiram.
“Em tão pouco tempo formou-se uma rede e as mulheres estão trocando ideias de como se proteger. Isso é importante, mas é fundamental educarmos nossos filhos para que respeitem as meninas e não o contrário, ensinar as meninas a se proteger”, avaliam as organizadoras.
A caminhada irá percorrer a rua XV de Novembro, com saída às 18 horas, do CTG Sentinela dos Cerros e encerramento na praça da Matriz. No local, haverá uma conversa informal sobre o tema.
“Combinamos de vestir camisetas brancas, levar faixas e cartazes. Toda a comunidade está convidada a participar, inclusive os homens”, convocam as organizadoras.
Por Tisa Lacerda
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