quinta-feira, 4 de julho de 2019

Duas Escolas de Caçapava participaram do projeto piloto para o novo ensino médio

A partir de janeiro de 2020 cerca de 300 escolas do Estado farão parte do Projeto Piloto para formação do Novo Ensino Médio, proposta criada pelo Governo Federal em 2016 e que a partir do ano que vem começa a funcionar na prática.

Já em Caçapava do Sul, duas Escolas do Estado farão parte do Projeto Piloto, Nossa Senhora da Assunção e Antonio José Lopes Jardim, no Durasnal. Em 2020 será apenas 300 Escolas no RS, mas em 2021 a proposta e que todos os educandários no Brasil já estejam com o Novo Ensino Médio.

Sobre este tema, a Diretora da Escola Estadual Nossa Senhora da Assunção, Rosilda Freitas, esteve na Câmara de Vereadores para comunicar a Comissão de Educação da Casa sobre as mudanças para o ano que vem e explicar o formulário que está a disposição de todos para consultar e responder as pesquisas pertinentes sobre o tema. O formulário você encontra no endereço, formularios.educacao.rs.gov.br/.

A ideia é direcionar o Ensino Médio conforme a vocação de cada estudantes, separando as disciplinas pela metodologia escolhida pelo aluno, já preparando para a faculdade. Junto com a nova proposta, a Escola deverá tocar no ano que vem o Ensino Médio Regular, até que a proposta saia do Projeto Piloto e inicie de forma definitiva.

" O Projeto é muito bom no Papel, queremos saber se o Estado e a União darão condições para que o projeto seja executado, como estrutura, professores e novos funcionários, além de um acompanhamento técnico durante esta migração. A iniciativa se der certo, acredito que será um avanço para a educação, principalmente porque estará preparando o jovem mais ainda para a sua futura profissão", disse a Diretora.

Participaram da reunião a Comissão de Educação da Câmara, Vereadores Mariano Teixeira, Marco Vivian e Márcia Gervásio, além do Diretor Geral da Casa, Daniel Miranda. Os Parlamentares informaram que irão acompanhar de perto essas mudanças junto com as Escolas.

Conheça um pouco da proposta do Governo que começa a valer no ano que vem com o Projeto Piloto:


Divisão: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) fará parte de 60% das matérias estudadas em sala de aula. O restante ficará reservado para uma das áreas específicas;
→ Flexibilidade: os estudantes poderão escolher em que área se aprofundarão já no início do ensino médio. As opções são: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas/Sociais e Formação Técnica/Profissional;
→ Disciplinas obrigatórias: as disciplinas de Matemática, Português e Inglês, preservando o direito à língua materna (no caso de indígenas), serão obrigatórias em todo o ensino médio;
→ Manutenção de disciplinas: apesar de excluídas do texto inicial da Medida Provisória, as disciplinas de Educação, Física, Artes, Filosofia e Sociologia serão obrigatórias na BNCC;
→ BNCC: será formada pelos conteúdos das disciplinas obrigatórias e das disciplinas tradicionais do ensino médio, como História, Geografia, Biologia, Física, Química e Literatura. O conteúdo foi definido ainda em 2017 pelo Conselho Nacional de Educação após consultar o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional de Dirigentes da Educação (Undime).
 Aumento da carga horária: Antes da MP virar lei, a carga horária do ensino médio era definida em 800 horas anuais. Com a sanção, as escolas terão cinco anos para ampliar essa carga para mil horas anualmente, divididas em 200 dias letivos.
→ Ensino em tempo integral: De maneira progressiva, todas as escolas de ensino médio passarão para tempo integral, tendo seu horário ampliado para 1.400 horas, o equivalente a sete horas diárias. Isso será possível com a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral do Governo Federal, a qual prevê o repasse de R$ 1,5 bilhão, ao longo de dois anos, para a conclusão da implementação. Esse auxílio será de dez anos.
→ Carga horária BNCC: o conteúdo da BNCC não poderá exceder 1.800 horas do total da carga horária do ensino médio.
Professores
Os profissionais com "notório saber" poderão dar aula no ensino médio sem diploma de licenciatura, mas apenas para os alunos que escolherem a área de formação técnica e profissional. Um engenheiro poderá dar aula no curso de Edificações, por exemplo. Além disso, esses profissionais poderão fazer complementação pedagógica para dar aulas no ensino médio.
Sistema de créditos
→ Módulo: o Ensino Médio poderá ser organizado em módulos, adotando o sistema de créditos;
→ Aproveitamento de disciplinas: Os créditos poderão ser usados para o aproveitamento de disciplinas no ensino superior, estimulando a continuidade dos estudos.


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